Desenvolvida por cirurgião plástico brasileiro, a técnica combinada promete resolver até casos de calvícies severas

Harry e William carregam no DNA a calvície do pai, o príncipe Charles
A auto-estima masculina costuma ser inabalável, mas há uma coisinha que costuma arranhar a imagem da rapaziada: ficar careca. A boa notícia é que as técnicas de implante capilar estão sendo aprimoradas e até para as chamadas calvícies severas já é possível encontrar solução.
Casos como do príncipe William, que começou a perder os cabelos bem jovem, e acabou raspando tudo recentemente, são os principais alvos da técnica mista, desenvolvida pelo médico brasileiro Márcio Crisóstomo, que tornou-se referência mundial na técnica combinada. Segundo o especialista, se tivesse se submetido ao procedimento a tempo, William hoje ostentaria uma cabelereira de respeito.
Implante resolve?

O príncipe William começou a perder os cabelos muito jovem, e hoje, aos 35 anos, está com a cabeça raspada
A queda de cabelos atinge, em algum momento da vida, cerca de 50% dos homens. Optar pelas técnicas cirúrgicas para estancar o problema passa, muitas vezes, pelo receio de que o resultado não seja satisfatório. O medo da cirurgia em si e a necessidade de uma recuperação que não chame a atenção são outros fatores que afastam, muitas vezes, os homens da solução do problema.
Cirurgião plástico discípulo do professor Ivo Pitanguy, Márcio Crisóstomo ressalta que casos como o ator Paulinho Vilhena, cujo implante deixou como resultado apenas uma cicatriz, também colaboraram para que o implante capilar masculino no Brasil seja visto como um procedimento de risco.
Ele tentou, mas não deu certo
Técnica clássica x técnica mista
Paulinho Vilhena se submeteu à técnica mais tradicional de transplante (Técnica Clássica ou Strip), quando é retirada uma faixa do couro cabeludo para obtenção dos fios de cabelo para implante. No caso dele, não houve resposta do organismo.
A técnica desenvolvida por Márcio Crisóstomo, que ostenta o título de especialista em transplante capilar nos Estados Unidos pela American Board of Hair Restoration Surgery, e mestrado em cirurgia de Transplante Capilar, une o FUE – sem remoção de pele na retirada e implante dos fios -, à técnica mais tradicional.
“A técnica combinada permite o implante de um maior número de fios, em uma única cirurgia. Em alguns casos, podemos transplantar até mais de 20 mil fios e atender problemas severos de calvície.
Márcio Crisóstomo
Técnica Clássica ou Strip
Pela técnica clássica, o cirurgião retira um faixa do couro cabeludo e as unidades foliculares são individualizadas uma a uma por técnicas ao microscópio.
É possível possível obter um número maior de fios por sessão, mas existe a dependência da elasticidade do couro cabeludo para a retirada da faixa.
O paciente também precisa ter uma quantidade de cabelo disponível para a realização do procedimento. Uma fina cicatriz linear permanece no lugar.
FUE (Follicular Unit Extraction)
Na técnica FUE (sigla do termo em inglês que significa Follicular Unit Extraction ou Extração de Unidades Foliculares), as unidades foliculares são removidas uma a uma diretamente da área doadora, utilizando um micropunch, com menos de 1 milímetro. O cirurgião faz uma pequena incisão ao redor da unidade folicular e aprofunda na mesma direção do nascimento do pelo. Sem necessidade de ponto para fechamento, o processo torna a cicatrização muito rápida.
Técnica mista
As duas técnicas apresentam limites em relação ao número de fios transplantados. Por isso, a combinação das técnicas proposta por Crisóstomo permite maior eficácia no resultado, garantindo um número maior de folículos, em relação às técnicas isoladas, obtendo um resultado melhor em uma única cirurgia.
O princípe Harry, por exemplo, que já está mostrando os primeiros sinais de calvície, poderia reverter esse processo com grandes chances de sucesso. E olha que a noiva dele, Meghan Markle, já pediu para que ela faça um transplante capilar.
Turbinada na autoestima
Por mais de dez anos, Luiz Gustavo, Perazzo, de 39 anos, empresário do ramo de geração de energia elétrica, se incomodou com a queda de cabelos. Por conta da genética, começou a perder os cabelos aos 25 anos, e só com 36 anos se decidiu pela cirurgia.
“Cada vez mais tinha a o desejo de realizar a operação. Mas havia o medo de fazer a cirurgia”, confessa.
Depois de entender a técnica mista, se decidiu pela cirurgia e hoje, garante, sua qualidade de vida mudou. “O método do dr. Márcio é diferente. Ele reúne dois métodos de cirurgia em um. Ele usa o tradicional. O método de ser fio a fio, tem um resultado muito maior. É uma cirurgia segura porque é uma cirurgia que não existe anestesia geral. Então isso me deu muito mais tranquilidade.” .
É uma coisa que realmente, para o homem, pode ser comparado ao silicone para a mulher. Levanta muito a autoestima. O transplante capilar me deixou mais seguro e confiante.
Luiz Gustavo, Perazzo, 39 anos, empresário
Recuperação tranquila
A idade chegou para Murilo Moraes Mello, 55 anos, médico ginecologista, e, com ela, a queda de cabelos. Ele logo pensou em tentar melhorar a aparência, mas as dúvidas sobre os resultados de um implante capilar ainda eram maiores do que a vontade de mudar.
“Um dos piores medos de fazer uma cirurgia plástica, qualquer uma, é o resultado final, se a pessoa vai ficar satisfeita, se vai ficar satisfatório e do jeito que a pessoa esperava.”
Mello avaliou alguns pacientes, viu resultados, vários antes e depois, e se decidiu pela técnica mista. “Soube do pós-operatório e tive confiança na cirurgia. Em cinco, seis meses você já está com o resultado completo da cirurgia, mas desde o inicio você já sabe que vai ter um bom resultado.”
“Eu recomendo essa cirurgia porque você tem uma recuperação tranquila. Você tem exatamente o resultado esperado, satisfatório e em um tempo curto.
Murilo Moraes Mello, 55 anos, médico ginecologista